2013/12/23

O meu desejo de Natal...


"...Cause all of me, Loves all of you.."


2013/12/18

Diálogo ou monologo do pensamento...

Ele perguntou-lhe: "O que e que tens? Estas triste"
Ela olhou para ele e sem hesitar deixou os lábios falarem "Não, esta tudo bem" .. Enquanto o seu pensamento dizia "Tenho só vontade de te beijar".
Ele responde: "Então está bem" 
E mais uma vez o pensamento dela em silêncio disse: "Não, não está.. Porque ainda continuo a querer beijar-te."
Diana Mendes
17 dezembro 2013
2h29m

2013/12/17

Simples...

Deixa-me contar-te um segredo baixinho: não há ninguém como tu. Nem no meu passado, nem no meu futuro. Conseguiste silenciar todos os meus traumas e medos. Todo o passado, agora, é só uma lembrança embaraçada e sem graça de uma vida antes de existires. Todos os fantasmas foram embora. Toda a complicação deu espaço para esta coisa tola de ser feliz por nada... Com ou sem intenção ocupaste todos os espaços que estavam faltando na minha vida, fazendo de mim uma pessoa melhor, que escreve a toa e sorri sozinha por imaginar como tudo ficou tão simples, não desde que cruzaste o meu caminho, mas desde que percebi o quanto és importante para mim, para poder caminhar.

Diana Mendes
17.Dezembro.2013
22:55

2013/12/13

Algo mudou...


Mais um dia...

O fim do dia: 
20h30m - fim de 12h de trabalho, exausta, com a barra da paciência nos 5%, mas ainda assim houve tempo e vontade para um jantar especial.. 
Depois de ver alguns sorrisos, dois dedos de conversa, meia dúzia de partilhas, rapidamente se esquece o cansaço e a barra sobe para os 50%.. Depois de um até amanhã o Ibiza vem quase em piloto automático até casa.. Finalmente! 
Na rotina habitual digo olá à minha almofada e rapidamente, em sincronização, a minha cabeça começa a divagar.. 
O dia foi realmente pesado mas ainda assim houve tempo para responder aos SMS e às chamadas que ficaram pendentes.. E ainda mimar aqueles que hoje me apeteceu.. 
E neste momento, apesar dos olhos teimarem em fechar, só consigo realmente sorrir porque mais uma vez chego a conclusão que estou rodeada de pessoas especiais e importantes para mim.. Obrigada a todas essas pessoas. Agora sim, até amanhã a almofada e dormir que amanhã e um novo dia. 
Diana Mendes
12.Dezembro.2013
01:10

Como descrever...


Existem tantos títulos de livros capazes de descrever.. Apetecia-me dizer "vou contar-te um segredo" mas ainda assim existe "tanto que eu não te disse" e que gostaria de dizer.. Embora tema e receie "Não me contes o fim" porque nem sei se quero saber.. apenas importa "o poder do agora""Não há coincidências" mas há evidências que me deixam a pensar.. E conforme o tempo passa "um dia atrás do outro", há dias em que me apetece dizer-te "fica comigo esta noite".. Não sei porque ou "sei lá".. Só sei.. "fazes-me falta"..


Diana Mendes
10.Dezembro.2013

2013/11/24

Deixa-me sonhar


Segundo Freud, "os sonhos são fenómenos psíquicos onde realizamos desejos inconscientes".

Há por ai um ditado que diz ou faz qualquer sonhador acreditar que os sonhos são avisos... Bem, avisos ou não, a verdade é que tens andado perdido em alguns dos meus sonhos. Curioso, não da forma normal que esporadicamente costumavas aparecer. 

Confesso que alguns desses sonhos, gostava de partilha-los contigo mas, não sei bem porquê, tenho-os guardado para mim. Agora a questão que se coloca é: porque razão tem isto acontecido? 

Talvez fosse suposto esta questão passar-me ao lado e não procurar respostas...

Deixa-me sonhar!

Diana Mendes
23.Nov.2013  
01h51m

A gente vai indo...

"Eu te ensino o pouco que sei desta vida e deixo você me ensinar o seu pouco ou muito. Nós misturamos os nossos casos e acasos, combinamos o nosso destino e traçamos alguma rota sem direcção, porque nós nunca soubemos bem nos guiar e, quem sabe, foi assim que os meus pés tropeçaram nos teus, ou vice-versa. Eu aprendo o teu jeito de amar e você aprende o meu. A gente vai indo, até amanhã, por enquanto, é suficiente. Esse nosso jeito todo despretensioso ainda vai nos levar muito além das fronteiras que os nossos olhos podem ver. E que tudo aquilo que ainda não vi, venha contigo..." 

Diana Mendes
21.Nov.2013

2013/11/03

Vidas passadas...

Numa passagem rápida pela Internet encontrei um site que me despertou alguma curiosidade... Descobrir quem fui na minha vida passada...  Eis que surgiu isto...

"Você possui em alto grau a arte de estabelecer relações entre conceitos. Dessa aptidão para compreender, para "ligar" as ideias entre si decorre a importância da comunicação com os outros e da relação afectiva. 
Na sua vida anterior foi uma nobre Francesa que embora tivesse um irmão e duas irmãs era quem tinha conquistado o coração do pai.

A sua mãe morreu jovem, deixando-a orfã mas a educação que teve foi cuidadosamente orientada pela família do seu pai que a enviaram para a casa de uma princesa em França (costume em França para as meninas da alta linhagem). Casou com um homem muito mais velho por imposição familiar e tornou-se amante de um homem mais novo. Morreu muito velha de causas naturais."



Diana Mendes
03.Novembro.2013

2013/06/23

Um desejo ao luar

Dizem que hoje se pode ver a maior lua cheia do ano... 
Ver se me cruzo com ela pela janela... E quando ela se despedir pela manhã e o seu brilho se esconder ao ver o primeiro raio de rol, lhe peço que leve consigo todo o encanto e brilho que despertavas em mim... 
Que leve consigo toda a inquietude e desejo de te querer mais e mais...
Que leve todo o receio e todas as duvidas... Para que os meus dias sorriam e sejam ensolarados como eram antes de eu desejar incluir-te nas minhas noites de luar! ♥ 

... vivendo e aprendendo que realmente só faz falta quem faz por merecer a saudade ...


Diana Mendes
23.Junho.2013

2013/05/24

Um dia... Eu sei que sim...



Eu sei que um dia vou cantar esta música para ti... 

Olha lá,
Já se passaram alguns anos
Nem sequer vinhas nos meus planos
Saiste-me a sorte grande
E eu cá vou
Gozando os louros deste achado
Contigo de braço dado para todo o lado
Eu vou até morrer ser teu se me quiseres
Agarrado a ti vou sem hesitar
E se o chão desabar que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti
Meu amor na roda da lotaria
Que é coisa escorregadia
Saiste-me a sorte grande
E eu cá vou
À minha sorte abandonado
Contigo de braço dado para todo o lado
Eu vou até morrer ser teu se me quiseres
Agarrado a ti vou sem hesitar
E se o chão desabar que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti
Olha lá,
Por mais que passem os anos
Por menos que eu faça planos
Sais me sempre a sorte grande
Agarrado a ti vou sem hesitar
E se o chão desabar que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti
vou sem hesitar
E se o chão desabar que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti
Vou agarrado a ti
Vou agarrado a ti

Diana Mendes
24.Maio.2013

2013/05/10

Here I go again...

Pouca gente sabe fazer este tipo de magia...
Transformar um pequeno instante num grande momento...
Gostava de perceber o que vai dentro da minha cabeça que quer e não quer...
Gostava de perceber o que vai dentro do coração que gosta e desgosta...
Que sente e luta para não sentir...
Queria ter a certeza antes de fazer...
Planear antes de acontecer...

Mas é na incerteza, na duvida, na adrenalina de conseguir lidar com este circo que  mora no coração que reside a magia da vida.

Não sei se sim ou se não... Uma metade de mim diz-me que não, que não vai valer a pena... Embora a minha outra metade me diga para investir porque contigo o tempo passa sem que eu me aperceba, sem pressa... Sim, um pequeno instante torna-se num grande momento... Há coisas que não sei explicar, nem de onde vem nem de onde surge algo assim mais ou menos intenso... 
Não sei... Só o tempo dirá...
Enquanto isso sou quase forçada a dizer... Here I go again...

Diana Mendes
10 de Maio de 2013
10:30 AM

2013/05/08

É tempo...


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa

Este grande senhor dizia sim, coisas muito acertadas, que nos deixam a pensar e nos levam a reflectir incessantemente no sentido da cada palavra... Para mim, um exemplo...

Diana Mendes
08 de Maio de 2013
8:30 pm

2013/05/03

Vida e Morte: a mesma preparação...

"O tempo voa sobre as nossas cabeças
E só quando paramos para pensar
É que notamos como ele corre sem parar"

Meio emaranhada na rotina do dia a dia, infelizmente, há coisas que vão ficando para trás. É de facto quando paramos para pensar que notamos que o tempo voa sem parar...
Em tempos achei que era desta forma que cuidava do meu eu espiritual e escrevia sempre que havia a necessidade de partilhar algo contigo, libertar algo de mim ou simplesmente divagar...
Actualmente tenho-me esquecido de ti, de partilhar contigo alguns momentos e alguns sentimentos...  Desde a ultima vez, muita coisa mudou na minha vida, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Certamente sabes que estou bem e feliz porque pelo pensamento estamos sempre em sintonia.
Mas sabes o que é curioso, tenho descoberto com cada coisa acerca da minha vida... Acerca do meu Eu... 
Tudo surgiu em contexto profissional... Andei a fazer uma formação "Vida e Morte: a mesma preparação"... Ena... as coisas que descobri... Talvez para ti não sejam novidades porque me conheces e sempre as soubeste. Mas para mim que sempre achei que nunca tinha tempo de pensar nestas coisas (ou pelo menos sempre me auto-desculpei com este argumento), lá, tudo fez sentido. 
Vou então falar-te um pouco desta minha experiência...

Morte
Quando penso na tua, apesar de ter sido num passado tão distante e não fazer parte deste mundo na altura, sinto sempre os olhos a encherem-se de lágrimas quando penso na maneira cruel como deixaste este mundo. É certo que não há idade ideal e nenhuma maneira é boa para se morrer mas acidentalmente e tão precocemente, é algo que me inquieta. Sim, adoraria ter andado ao teu colo, comer gelados contigo, ir aos baloiços contigo, deitar-me no teu colo e adormecer a ouvir-te contar as tuas historias.
Um assunto delicado...
Cada vez que surge em conversa, seja em que contexto for, alguém a certa altura acaba por dizer "Credo, deixemos de falar em coisas más..." tentando desviar o assunto. Mas porque razão temos esta tendência? Será porque a morte é tudo e nada ao mesmo tempo?
No contexto da formação fui conduzida a pensar na morte, nos medos associados à morte, nos sentimentos que pode provocar,  naquilo que sei acerca da morte...
Sei que faz parte do ciclo, sei que é o contrario de vida. Para mim é o fim, a ultima etapa do ciclo, algo que idealizo muito longe... Algo que provoca medo, tristeza, sofrimento, saudade, choro.
Algo que evito pensar pelo medo que tenho em morrer sozinha ou pelo sentimento de perder alguém próximo.
Não, não gosto de falar sobre este assunto, mas na formação não tinha fuga possível. Foi uma experiência positiva onde partilhamos diferentes vivências e diferentes formas de pensar.

O Rio da Minha Vida
Fiz "O rio da minha vida" e constatei que realmente tenho sido uma lutadora e que desistir nunca foi nem é para mim. Que me transformo a cada dia que passa, a cada prova que supero, numa pessoa diferente de ontem... Constatei que sou persistente, sonhadora e positiva... Mas também constatei que ainda existe em mim "a menina" emotiva e sensível que facilmente se emociona quando fala das dificuldades e das alegrias da vida. Afinal retratei num pedaço de papel aquilo que são 28 anos de uma vida feliz e realizada.


Ter as coisas resolvidas...
Algo que também constatei, e nisto sim, eu reflicto algumas vezes, é que o simples ato de fazer julgamentos torna-se facilmente num vicio para todos os comuns mortais: facilmente julgamos que todos os sentimentos que nutrimos pelas pessoas permanecem imutáveis ao tempo ou à distancia e que todas as relações após conquistadas não precisam ser cuidadas. Facilmente mudamos de "amigos" e facilmente esquecemos quem nos esquece. E é neste contexto, com esta ideia, que deixamos muitas vezes o coração deixar de bater por quem batia, deixamos para trás quem sempre esteve ao nosso lado e para longe quem sempre esteve perto. Talvez porque diariamente nos descuidados com a desculpa que não temos tempo, que é dado adquirido e nos esquecemos de dizer a quem nos rodeia "És importante para mim" ou "Obrigada por tudo". Sabemos criticar facilmente quando aquela pessoa não nos mandou uma mensagem a dar força quando mais precisamos mas não temos a capacidade de analisar a hipótese que poderá ter acontecido algo para não o ter feito. Sim, é mais fácil apontar o dedo ao invés de perceber a razão dos acontecimentos.
Não sou perfeita e sim também já tive os meus momentos assim, as minhas criticas, os meus momentos de má língua... A diferença está em não me deixar absorver por isso e saber retirar o melhor partido daquilo que considero menos positivo, daquilo que me  tenta deitar abaixo, daquilo que me magoa ao invés de fritar o cérebro a remoer naquilo que não foi dito ou que ficou por fazer...
Enfim... O ser humano é complicado e adora complicar.
Durante todos os momentos de reflexão que tivemos em grupo foi fantástico constatar que estou rodeada de pessoas que amo e que de igual modo me amam, mesmo que passem dias sem nos falarmos, parecendo que comunicamos como uma espécie de telepatia. Pessoas que não me apontam o dedo dizendo que me afastei ontem, estive ausente hoje... Pessoas que simplesmente me aceitam assim como sou e aproveitam o momento presente, os sorrisos e as gargalhadas. É aqui que reside o segredo da felicidade (pelo menos o meu): viver um dia de cada vez!

O que levar para uma ilha deserta durante um ano ...
A certa altura da formação foi-me colocada esta questão...E quando fui questionada com o possibilidade de passar um ano numa ilha deserta, levando apenas um objecto .. é claro que a escolha foi fácil e quase automática. Tu que me conheces sabes que tempo não iria faltar para registar num livro em branco gigante todos os sentimentos, todos os momentos vividos ao longo de 365 dias isolada de tudo em corpo, mas exposta a todos em pensamento..

Se o mundo acabasse no final deste ano: o que não mudava e o que fazia...
Este não é um assunto que pense muitas vezes mas é um assunto delicado e que quando levada a reflectir sobre isto dói pensar... Na verdade o que não mudava é a minha maneira de ser, a minha personalidade. Continuaria a ser a pessoa que sou hoje... Amiga, honesta, sincera, meiga, perfeccionista, teimosa, lutadora. Não mudava os amigos e não mudava a família, bem como não mudava todos os momentos de lazer, de partilha, de sorrisos e diversão que passamos juntos.
Relativamente ao que fazia até ao dia em que acabara o mundo, a formadora acrescentou a ideia de que não haveria restrição de dinheiro. É claro que assim sendo a ideia de deixar para trás a minha vida profissional foi a primeira coisa que me surgiu no pensamento. Não porque não goste daquilo que faço, mas sim para ter tempo para dedicar mais de mim a todos os que me rodeiam e ter tempo e disponibilidade para preparar o meu final feliz.
Depois de deixar o trabalho, ia buscar aquela pessoa que sabes que é a minha razão de viver e iria viajar 2 meses por esse mundo fora com ela. Depois de regressar, reunia todos os recursos para construir A  NOSSA CASA na Figueira da Foz (aquela casa, tu sabes). O próximo passo seria adoptar uma criança (visto que o mundo iria acabar dentro de 8 meses, não haveria tempo para uma gravidez) e neste caso eu seria uma pessoa muito mais feliz por saber que embora não biológica eu seria MÃE!
Depois parecia-me muito bem poder regressar às origens e ver-me livre de uma vez por todas da palavra saudade: levava todas as pessoas importantes da minha vida de cá (Lisboa) para lá (Figueira da Foz) e assim poderia viver os últimos meses da minha vida em Harmonia, sem a luta constante de estar dividida entre dois mundos. Depois, nessa altura, estaria em pleno equilíbrio para escrever O MEU LIVRO. E então sim, poderia então acabar o mundo porque eu era uma mulher realizada.
A ideia é reportar esta realidade sonhada em algo concretizável. É certo que a ideia de deixar de viver dividida entre os meus dois mundos, rodeada de todos os que amo, me parece dificilmente concretizável... Mas quanto às outras coisas... Tal como diz alguém que eu conheço... "Viver um dia de cada vez". 

Testamento espiritual
"Mas afinal o que é isto?", pensei eu quando me foi pedido para o realizar.
O testamento espiritual é o tipo de testamento que tu nunca escreveste mas que realizaste sem saberes, embora num período de vida tão curto. Um testamento que tu criaste e que toda a família se encarregou de lê-lo por ti.

No fundo é a maneira de como gostaria de ser lembrada pelos outros após morrer. Eu escrevi o meu e sim, vou partilha-lo contigo, embora eu saiba que já sabes aquilo que escrevi.
"Eu quero ser lembrada como um exemplo de vida, que todos digam que tive uma vida feliz e realizada baseada em 5 eixos:
- Infância adolescência: quero que se lembrem que fui uma criança mimada mas não estragada, que fui feliz e que desde cedo aprendi a lidar com a saudade; que cresci e me tornei numa adolescente bonita, atrevida, sonhadora e curiosa, que vivi o grande amor da minha vida e sofri o meu primeiro desgosto amoroso, mas que me transformei numa mulher confiante.
- Profissão: quero que se lembrem de mim como uma enfermeira de excelência, que lutou para conquistar o seu lugar ao sol a cuidar de quem mais precisa, oferecendo sorrisos a todos.
- Amor: quero que se lembrem de mim como uma mulher que amou incondicionalmente, que se entregou de corpo e alma ao amor, que fui uma romântica incorrigível toda a vida.
- Família  quero que se lembrem de mim como o pace-maker da família,  quero que se lembrem que fui uma filha exemplar e aplicada, uma esposa apaixonada, uma mãe dedicada e uma avó realizada.
- Espiritual/intelectual: quero que se lembrem de mim pelas minhas palavras, pela minha vontade de escrever e partilhar os meus sentimentos; quero que todos leiam O MEU LIVRO e sintam alegria por perceberem que sim, fui uma mulher feliz.
Em suma, apenas quero que se lembrem de mim... "Sim, ela foi uma mulher feliz; amou e foi amada"

Carta para a minha neta...
Pensei logo num pedaço de papel escrito por ti com um recado teu a dizer "Gosto muito de ti"... Num pedaço de papel que nunca existiu mas que adorava guardar na minha carteira para dar um dia a minha neta. Mas contento-me com o facto de te sentir presente em todos os dias da minha vida e de saber que olhas por mim.

Este exercício provocou em mim alguma inquietude porque em muitos momentos, enquanto escrevia, as lágrimas surgiram nos meus olhos. A ideia era imaginar que estava na fase final da minha vida e escreveria uma carta para deixar a minha neta. Inicialmente foi fácil transcrever para um pedaço de papel tudo aquilo que já vivi... O difícil foi pensar naquilo que ainda não vivi e tenciono viver e no medo de não conseguir concretizar o que desejo. É certo que pensar numa velhice feliz é muito fácil e a tendência natural é escrever tudo muito floreado e bonito... Mas se na verdade não for assim? Isso sim inquieta-me e deixa-me apreensiva. Sabes que escrever e conduzir os meus sonhos num pedaço de papel para mim é muito fácil, mas amedronta-me pensar que no final possa estar sozinha sem ninguém ou até mesmo incapaz de fazer do papel e da caneta a minha ocupação.
Não acabei de escrever a carta, não porque tenha falta de imaginação ou porque não tenha presente na minha cabeça aquilo que quero para mim, apenas porque nesse dia acabou o tempo de formação e depois lá veio a falta de tempo e disponibilidade... Então apenas guardei o papel e prometi a mim mesma um dia acabar de escrever essa carta, explicando o contexto onde foi escrita e anexar-lhe um bilhete a dizer "Gosto muito de ti" para um dia poder ser lida pela minha neta.
Um dia tenho a certeza que irei partilha-la contigo.

A minha morte...
Dói só de pensar...
Mas sim, fui conduzida a idealizar a minha morte e transcreve-la num pedaço de papel: não a forma como quero morrer, mas sim o que quero sentir, o que quero e quem quero do meu lado nesse momento. 
Há pouca coisa a dizer e como vês, o desenho fala por si.

Posso acrescentar que tudo o que vês dentro do circulo é referente a tudo aquilo que quero sentir. Tudo o que está fora são os recursos que quero ter nesse momento.
Curioso... Já tinha pensado uma ou duas vezes da forma como vou morrer mas nunca pensei naquilo que queria sentir... E de facto fiquei surpreendida com a brincadeira que fiz com recortes e com lápis de cor.



Estes foram alguns, entre outros, dos exercícios que fiz na formação.

O que fica?


Foi uma experiência enriquecedora com momentos de partilha muito íntimos, momentos de alegria mas também alguma angustia ou tristeza quando conduzida a pensar em coisas que imagino num futuro muito longínquo. Conheci mais intimamente o meu EU e adorei conhecer todas as pessoas que participaram na formação comigo. Levo os exemplos para a minha prática profissional na expectativa que a morte deixe de ser para mim aquele assunto do qual tento sempre fugir e que seja capaz de preparar a vida e a morte com a mesma preparação.

Diana Mendes

02 de Maio de 2013
2:02 AM